Noites Vazias

(A cela em meu quarto)

Num canto do meu quarto, duas paredes
que encerram-me ao limite do concreto;
as teias de uma aranha, como redes,
à espera da chegada de um inseto.

A porta do meu quarto é o horizonte
e, dentro dele, nada faz sentido…
não há quem queira ouvir ou que me conte
da doce sensação de ser querido.

Além destas paredes, outras delas,
mais outra, com, talvez, mais uma porta.
Lá fora, apenas barras paralelas
e o resto de uma árvore já morta.

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