Vem aí o carcará…6 minutos de leitura

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Também conhecida como caracará, carancho, caracaraí (Ilha do Marajó), gavião-de-queimada e gavião-calçudo, o carcará inspirou os autores João Do Vale e Jose Cândido a escreverem uma música que leva o nome da ave, e diz que ela “puxa o umbigo inté matá” e tem “mais coragem do que home“.

Embora eu não tenha encontrado relatos sobre ataques da ave a humanos, tenho a sensação de que corremos o mesmo perigo graças à existência dos políticos brasileiros, sobre quem, nos dias de hoje, é proibido falar mal, embora não haja lei que classifique tal ato como crime. É proibido porque alguém que não quer ser mal falado assim decidiu. E pronto.

Todos contra um

Ao que parece, os políticos se decepcionaram com a eleição de 2018 e passaram a combater de forma inusitada o Presidente em exercício, Jair Bolsonaro. Criaram, inclusive, rótulos para definir os que o elegeram: bolsominions, bolsonaristas, fascistas, entre outros.

Para as eleições de 2022, pelo menos uma dúzia de nomes é cogitada na lista de possíveis candidatos (a Presidente ou a vice) além daquele que, talvez, se apresente para disputar a reeleição. Por ordem alfabética, são eles:

Fiascos

Quem saiu da eleição passada com tudo para conquistar o título de maior fiasco da história política nacional foi João Amoêdo, que na sequência de suas declarações posteriores à disputa mostrou que era apenas mais do mesmo. Ao lado de sua equipe de primeiro escalão, Amoêdo conseguiu o maior índice de abandono de filiados do partido NOVO, incluindo seu candidato a vice, o professor Christian Lohbauer, conforme mostra este vídeo. Eu fui um dos primeiros a pedir o desligamento.

Outro que, na minha opinião, decepcionou depois de conhecer o resultado das urnas foi o até então admirado senador Álvaro Dias, especialmente porque adotou um posicionamento frágil – na minha opinião – ao declarar que “impeachment (do Presidente) só ocorre quando a população pode ir para as ruas. Hoje nós não podemos levar a população às ruas, não podemos estimular que a população vá às ruas porque aí estaríamos estimulando a morte (devido à pandemia)”. Bem, não foi a isso que assistimos no dia 7 de setembro, quando alguns jornalistas só viram 125 mil pessoas na Avenida Paulista.

Eu estava lá e nunca vi tanta gente junta em toda a minha vida. Superou a comemoração da vitória brasileira na Copa do Mundo de 1970, as manifestações dos “caras-pintadas” contra o Collor e o réveillon na praia de Copacabana, ocupando todos os quarteirões daquela via, além das transversais e paralelas. Já no Vale do Anhangabaú, em todos os movimentos antigovernistas…

Muito dinheiro gasto à toa

Assim como aconteceu em 2018, tudo indica que teremos candidatos em demasia na disputa pela Presidência da República, e ainda não detectamos sinais das figurinhas repetidas, como Boulos, Marina Silva, Geraldo Alckmin, até porque a sede de poder de outras pessoas é grande demais.

No Brasil, boa parte do dinheiro arrecadado por impostos é jogado no lixo, ou melhor, muito mal utilizado pela classe política, em detrimento de toda a população. Bons exemplos disso são os Fundos Partidário e Eleitoral, para não citar os penduricalhos que engordam seus salários, sempre corrigidos por decisão deles próprios, ou para custear seus banquetes, com direito a lagostas e vinhos com pelo menos quatro premiações internacionais.

E há quem diga que os criminosos são os que se manifestam a favor do Governo Federal, acusando-nos de formar quadrilhas e ativar robôs de internet. É sério?! Eles acreditam mesmo nisso?

Deixando claro

Não me enquadro nas classificações bolsominions, bolsonaristas, fascistas ou qualquer outra usada pelos militantes de esquerda para nos rotular. Não defendo Jair Bolsonaro indiscriminadamente, até condeno algumas de suas falas e atitudes. Não acredito que ter uma opinião divergente dos que pensam diferente de mim possa ser considerado um crime, pois não existe em nossa Constituição ou no Código Penal qualquer coisa que coloque em risco nosso direito de opinião. Por isso respeito todas as opiniões, já que todos temos o direito de tê-las. A concordância não é obrigatória. Basta que respeitemos as diferenças.

Recordar é viver, e às vezes serve como conselho

Apesar do esclarecimento do Ministro Alexandre de Moraes, considero as ofensas – atualmente muito em voga – desnecessárias. Cada um constrói sua própria imagem, a opinião alheia deve ser um reflexo de nossas ações, e não uma forma de manchar a reputação de alguém por simples inveja ou inconformismo com sua derrota.

Tempo perdido

O tempo é a única coisa que não podemos recuperar. Cada segundo que passa jamais poderá ser revivido. Os políticos gastam muito tempo e muito dinheiro buscando o que, muitas vezes, é inalcançável para eles. Como o sucesso, por exemplo. E mais, alguns tentam fazê-lo com uso da força, o que tem efeito totalmente contrário.

É inegável que perderemos tempo e dinheiro. E pior, sem nenhuma transparência no voto eletrônico.

Os eleitores se dividem em três classes: os que esperam obter alguma vantagem com a eleição de alguém, os que o fazem por mera obrigação, sem se preocupar com suas escolhas, e os que votam com consciência patriótica, mas geralmente por eliminação dos piores.

Grande parte dos que votaram em Jair Bolsonaro não o tinha como preferido, queria apenas afastar o PT, o risco da instauração de um sistema comunista ou socialista, com medo de nos tornarmos vítimas do que assistimos acontecer em países vizinhos.

Se o desejo de algumas autoridades e de alguns pequenos grupos de inconformados é a submissão absoluta dos mais de duzentos milhões de brasileiros a esse tipo de coisa, acho – apenas acho – que será muito difícil. Diante disso, hoje, um ano antes das eleições de 2022, é muito complicado considerar que qualquer dessas figuras que pretenda vencer Jair Bolsonaro alcance seu objetivo, especialmente aqueles que deixam claro que o traíram.

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