Vamos falar do amanhã?11 minutos de leitura

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O momento não é para omissão

Os únicos estados que demonstraram plena preferência por candidatos do PT, elegendo governadores e senadores do partido, foram Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. Em todos os demais a força de outros partidos foi demonstrada.

Aquele que não escolhe seu destino permite que outros o façam por ele. Os quase quarenta milhões de eleitores que deixaram de comparecer às urnas no primeiro turno, votaram em branco ou anularam seus votos terão que aceitar o que for escolhido por quem não se omitir no segundo turno. Os “isentões” que acreditam que seus votos não farão diferença não estão demonstrando seu descontentamento com os candidatos. Isso pode ter valido no primeiro turno, mas não agora, já que um dos dois, Lula ou Bolsonaro, por mais odiado que seja, assumirá o controle do país a partir de 1º de janeiro.

Não se trata de escolher um deles por simpatia ou admiração, mas, de optar pelo que é tolerável. Ou seja, escolhendo um deles estaremos contribuindo para diminuir as chances do outro ser vencedor. Não gosta de Bolsonaro? Vote no Lula. Não gosta de Lula? Vote em Bolsonaro. Mas não deixe que os outros escolham por você.

O plano de governo do PT comentado – para leigos

É inegável o alto grau de ignorância da maior parte do povo brasileiro, e a exposição das causas que contribuíram para a construção desse cenário é desnecessária. Essa ignorância é violentamente explorada pelos políticos que procuram impressionar os eleitores como milagreiros, fingindo entender de tudo e possuir soluções mágicas para todos os problemas. Em outras palavras, os políticos mentem descaradamente e fazem promessas que jamais serão cumpridas. Não dizem, por exemplo, que para ter direito “ao nosso churrasco de picanha e cervejinha gelada todo fim de semana” é preciso trabalhar, a menos que você faça parte da panelinha deles. Sim, eles sempre poderão fazer o que quiserem.

Cheguei a escrever aqui comentários sobre o plano do PT, devidamente documentado por aquele partido, com o intuito de mostrar a seus apoiadores o que a maioria deles não consegue enxergar. Não os culpo. Todos reconhecem que a maior parte dos petistas tem baixa escolaridade e sente dificuldade em saber o significado das “palavras douradas” usadas para iludi-los. Não entendem que “iniciativas de reestruturação sindical” vêm do retorno da cobrança de contribuições obrigatórias; se esquecem de que a promessa de educação de qualidade vem de uma pessoa que exaltava o analfabetismo de sua mãe e fugiu da escola antes de conclui-la; não atinam para o fato de que o fortalecimento das instituições culturais e a recomposição do financiamento e do investimento significa permitir que artistas que ganham milhões com a venda de discos e ingressos para seus shows voltem a se manter com ajuda da Lei Rouanet, totalmente sem critérios de distribuição; talvez não tenham ideia de que o combate às desigualdades socioterritoriais pode tirar propriedades de quem as tem (com esforço e mérito) para dá-las a quem não fez nada para merecê-las (os chupins humanos); não levam em conta que uma nova política sobre drogas inclui sua descriminalização e que a substituição do “modelo bélico de combate ao tráfico” nada mais é do que o desarmamento das polícias; não percebem que a implementação de um amplo conjunto de políticas públicas de promoção da
igualdade racial e de combate ao racismo estrutural culmina com a contratação forçada de incompetentes e despreparados por força de quotas; que para evitar o “superencarceramento” os planos são de soltar os detentos e protegê-los do combate ao crime. Enfim, o programa do PT promove a balbúrdia, a divisão da população em classes, o nivelamento de todos na linha de pobreza, para que possam enriquecer a si próprios e a seus aliados, ou cúmplices.

Nota: originalmente, esta postagem sugeria a participação em uma enquete sobre posicionamento político. Hoje (01/12/2023) isso se mostra desnecessário. Basta procurar as pessoas que votaram em Lula. Elas não apareceram em Brasília no dia 7 de setembro, não aparecem em manifestações ou em eventuais discursos feitos pelo atual presidente, e nem mesmo em suas lives na internet. A pergunta que não quer calar é “onde estão os 60 milhões de eleitores que o colocaram lá?”

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