Uma luz no fim do túnel da música5 minutos de leitura

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Já faz um bom tempo que perdi o interesse de ouvir música pelo rádio. Isso porque o que é valorizado hoje em dia não é música de verdade. Segundo a Wikipedia (não considerada uma boa fonte de informações), “o funk é um gênero musical que se originou em comunidades afro-americanas em meados da década de 1960, quando músicos afro-americanos criaram uma nova forma de música rítmica e dançante através da mistura de soul, jazz e rhythm and blues“. Mas, gente, esses estilos não têm nada em comum com funk. Há até versões de Rhythm is a dancer com falas intercaladas que fazem lembrar o funk, mas não passa de uma adaptação de uma música (que tem melodia), já que os funkeiros não são capazes de identificar uma nota musical.

Lord Vinheteiro comenta em vários vídeos sobre o funk, definindo esse ritmo como “ondas sonoras em forma de fezes”, detalhando as características e a pobreza do que alguns, em função de sua ignorância (palavra que significa falta de conhecimento), insistem em definir como música. Vale a pena ver o vídeo.

Deixando isso de lado, vamos avaliar o mercado musical como um todo, especialmente no Brasil.

O “sertanejo” está na moda. Não as músicas sertanejas de raiz, aposentadas pelos jovens, mas a tendência “universitária”, que também é pobre, convenhamos, e apesar disso ainda não foi abandonada como outros modismos passageiros, como lambada e alguns tipos de pagode. Por outro lado, as músicas românticas, que eram mais ricas melodicamente, praticamente desapareceram, até porque os jovens de hoje não dançam mais de rostos colados, apenas se sacodem como se estivessem sendo atacados por um bando de pulgas. Abro exceção para quem dança o “piseiro”, ou forró piseiro, que tem uma forte apelação erótica e é, também, um tipo de música sem qualidade.

Artistas completos

Pesquisando sobre artistas americanos que conhecemos como atores, descobrimos que boa parte deles, além de atuar bem, tem formação musical, toca instrumentos, canta, dança, sapateia… Isso porque há escolas especializadas em formação artística nos Estados Unidos, enquanto no Brasil, para ser artista, basta ser atrevido e não ter medo de passar vergonha.

Mas, para nossa sorte, há exceções que são internacionalmente reconhecidas por sua virtuose. É o caso do Overdrive Duo, por exemplo. A dupla tem vários vídeos e seu canal já recebeu mais de quatro bilhões de visualizações.

O casal, que tem um canal no YouTube, interpreta músicas de diversos ritmos e origens, alternando instrumentos (ukuleles, violão, guitarra, contrabaixo, percussão, teclado), mostrando que sabe o que estão fazendo.

Formado pelo casal Evandro Tiburski e Fabi Terada, no final de 2014, o projeto foi catapultado pela web — em especial, YouTube e Facebook — por suas versões de músicas do pop internacional, alcançando milhões de visualizações a cada vídeo. Separei o que traz a música “Time of my life”.

Me incomoda saber que os bons músicos não têm o merecido reconhecimento no Brasil. Temos uma das melhores guitarristas do mundo, Lari Basilio. A intimidade dela com a guitarra é impressionante. A Guitar World, uma revista americana, selecionou as 12 melhores guitarristas e escreveu:

“A Ibanez chocou o mundo este ano com o lançamento de sua própria linha AZS inspirada na Tele e, ao lado de Josh Smith, a gigante japonesa da guitarra contratou a virtuosa brasileira Lari Basilio para seus primeiros modelos signature no novo formato do corpo. A Ibanez LB1 é um modelo que honra a habilidade de Basilio. Isso também a inspirou a escrever e gravar ‘Sunny Days‘, sua primeira música inédita desde o álbum ‘Far More’ de 2019, que mostra o toque, o dinamismo e o talento com que ela fez seu nome.”

Da guitarra passamos para a gaita. É difícil encontrar quem toque esse instrumento de modo que chame a atenção de quem ouve. E, sem menosprezar as mulheres, estas são ainda mais raras. Uma dessas raridades é a brasileira Indiara Sfair. Ela inclusive ensina a tocar.

Em seu canal do YouTube, Indiara se apresenta com diversos músicos brasileiros e estrangeiros. Um dos vídeos sugeridos para visualização tem a participação de Gui Tosin no violão com a música Queen of California.

O que esses músicos têm em comum?

Em primeiro lugar, nenhum deles alcançou o sucesso por ter parentesco com algum artista famoso da Globo, o que já seria uma boa referência. Todos são jovens e casados. Logo, não são promíscuos. Conhecem música. Todos se preocupam com sua aparência física, não pintam o cabelo com cores berrantes, não carregam piercings em seus rostos, que são limpos. Têm tatuagens, sim, mas discretas e não em seus rostos. Ou seja, são agradáveis aos olhos e ouvidos.

Os que se intitulam músicos no Brasil deveriam ampliar seus horizontes e procurar um mínimo de aproximação com as qualidades mostradas pelos citados nesta postagem. E o público brasileiro bem que poderia aprender mais… Principalmente sobre música.

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