Sim, eu me arrependo4 minutos de leitura

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Existem pessoas que mesmo diante das mais sólidas evidências não admitem ter errado, e dizem que jamais se arrependeram de suas decisões. Acredito que essa negação seja uma característica dos mais jovens, daqueles cujas vidas ainda não lhes bateram na cara, porque, sim, a vida de vez em quando nos dá tapas na cara para que acordemos e aprendamos com nossos erros, e com os dos outros, se aprendermos a ouvi-los e soubermos aproveitar suas experiências.

Admitir nossos erros nos ajuda, no mínimo, a evitar que os repitamos. Ou deveria ser assim.

Relendo as postagens deste blog, identifico vários erros dos quais me arrependo, além de outros que me lembro e não foram registrados. Entre eles, a ingenuidade de defender ou valorizar pessoas com as quais não tive a oportunidade de conhecer profundamente e que conseguiram me fazer acreditar que eram verdadeiras. Se eu fosse escolher uma categoria para classificá-las, escolheria a categoria “políticos”.

Procuro ter uma atitude positiva, admitindo e reconhecendo esses erros antes que outras pessoas se aproveitem deles para zombar de mim. Infelizmente, não vejo isto nelas.

No caso das eleições municipais os erros foram mais graves, pois, como estava radicado em outras cidades, por duas vezes transferi meu título de eleitor para Santa Isabel a fim de dar meu apoio a candidatos que eu julgava capazes. Mas, ainda assim, não apago as postagens que publiquei, elas permanecem aqui para que eu me lembre do que fiz.

Na esfera estadual, sinto-me um pouco mais à vontade ao ver que João Agripino Doria Junior foi eleito com 51,75% dos votos válidos, o que indica que muita gente foi enganada. Ah, se foi…

Márcio França, seu opositor na campanha para governador, nos avisou, mas, com medo de uma vitória com tendência progressista, preferimos apostar naquele que como prefeito da Capital paulista havia mostrado serviço. Certamente não repetiremos o erro nas eleições para Presidente da República. O cara tem um dos maiores índices de rejeição graças às suas cenas ridículas e inaceitáveis. Como ele gosta de dançar, desejo que ele dance.

No âmbito municipal a situação é mais difícil, porque quem tem boa formação, princípios morais admiráveis e preparo para administrar a cidade não se mete em política, pois sabe que naquele meio é preciso abdicar desses valores e seguir as regras do jogo, que não são nada limpas. Por isso os candidatos são, em sua maioria, mais falsos que nota de três reais. O que falam de pé não sustentam sentados, e vice-versa. Tudo é feito para atender expectativas pessoais, alimentar o Ego e/ou encher os bolsos de dinheiro fácil.

Nos últimos dezessete anos tivemos quatro prefeitos, e em cada eleição dei meu voto a eles, exceto para o padre Gabriel Bina, pois eu estava em Pirajuí, no interior do estado e justifiquei minha ausência.

Tenho motivos para me arrepender de ter votado neles, e no caso do prefeito atual nem é por discordar de suas escolhas ou ações políticas, pelo menos até agora. Há mais acertos do que erros em sua gestão, penso eu. Meu desagrado no caso mais recente se deve à dança entre partidos, à manipulação e influência de maus políticos, como, infelizmente, acontece hoje também no cenário federal. Ou seja, quem dá as cartas são os “donos” dos partidos, não os políticos eleitos. E o jogo tem como objetivo alcançar o poder e a fortuna, simplesmente, e com eles comandar todas as demais pessoas, se possível, para que os alimentem.

Dentro da floresta vive um monstro gigante e com uma fome insaciável. Tem um único olho no topo da cabeça, e uma boca enorme na sua barriga, suas mãos têm longas garras afiadas.

Na obscuridade dos troncos de muitas formas o Mapinguari se destaca, surge bruscamente, para atacar e ferir. Mas não avança silencioso como seria a lógica. Vem berrando alto, gritos soltos, curtos, horríveis, que deixam suas vítimas atordoadas, sem ação.

Os políticos são como o Mapinguari, berram alto seus discursos falsos, deixando suas vítimas atordoadas, sem ação, e, com uma fome insaciável, aumentam impostos para garantir seus banquetes e mordomias, aniquilando o povo com suas longas garras afiadas. Assim o folclore amazônico ganha sentido.

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