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Tente se imaginar vivendo no passado. Não precisa ir muito longe, algumas décadas apenas, e lembre-se de como eram as coisas no tempo em que possuir uma linha telefônica era um privilégio de poucos, por exemplo. Lembre-se das filas diante dos orelhões, do seu sentimento quando acabam suas fichas, dos pontos de ônibus sem cobertura, dos constantes problemas com as cruzetas do seu Ford Corcel, de quando você precisava ir ao banco para resolver questões simples que hoje não existem mais ou podem ser resolvidas pelo aplicativo que você tem em seu celular…

Quando surgiram os primeiros computadores pessoais, muitas pessoas os consideravam demasiadamente complicados, acreditando que somente os dotados de uma inteligência acima da média eram capazes de lidar com eles. Hoje eles estão em todos os lugares, em casa, no ambiente de trabalho, nas lojas, nas escolas… E ainda assim, por mais incrível que pareça, há quem prefira evitá-los. É surpreendente que em pleno século XXI ainda haja quem se esforce para trazer o passado de volta, apesar de todas as suas limitações.

E quando a internet acabar?

Eric Schmidt, ex-CEO do Google, declarou, durante o Fórum Econômico Mundial, que a “internet vai acabar“, o que causou espanto entre os presentes. O que ele quis dizer, entretanto, é que não falta muito para que praticamente tudo esteja conectado à internet: nossas casas, nossos carros, os eletrodomésticos, etc. E o que isso significa? Significa que quem não estiver conectado à internet simplesmente “não existirá” para o resto do mundo.

A afirmação de Eric Schmidt nada mais é do que a repercussão do que declarou na década de noventa – do milênio passado! – Alexandre Nilo Fonseca, hoje presidente da ACEPI (Associação de Economia Digital de Portugal): “Quem não está na internet simplesmente não existe“. Veja o vídeo aqui.

Você existe?

A pergunta é voltada às empresas e prestadores de serviços, independente de seu porte ou ramo de atuação. Veja o estudo de caso, mais adiante.

De acordo com a FGV – Fundação Getúlio Vargas, o Brasil possui atualmente cerca de 464 milhões de aparelhos celulares, ou seja, 2,2 dispositivos digitais por habitante, se considerarmos toda a população brasileira (213,3 milhões de habitantes) – Baixe o relatório completo aqui.

O estudo da FGV traz informações interessantes e diagramas que nos permitem notar, por exemplo, o contraste entre os setores de serviços e comércio.

O comércio tende a ser o segmento de maior prejuízo diante dessa evolução, pois reage mais lentamente e de maneira acanhada em relação à indústria e ao setor de serviços. É evidente a vantagem que o e-commerce vem oferecendo, cada vez mais, àqueles que têm lojas virtuais ativas e sabem como promovê-las.

O faturamento líquido das empresas nos últimos três anos cresceu graças aos investimentos em tecnologia, a saber: comércio = 12%, indústria = 15% e serviços = 37%.

Acreditar que um ponto físico é o suficiente para garantir a estabilidade de um negócio, é uma mostra de que o comerciante está preso ao passado. E, como dizem os pensadores, “o passado é uma roupa que não nos serve mais“.

Estudo de caso

Tomamos como exemplos duas lanchonetes que ocupam a mesma calçada numa via de Santa Isabel – a Altas Horas e a Marconi Fast Food –, para mostrar como têm lidado com a realidade atual.

Marconi Fast Food

Esta lanchonete começou num ponto bem acanhado (foto à esquerda), defronte ao atual, e fez sua fama com os lanches diferenciados, com hambúrgueres artesanais de carne de angus, alguns com até três camadas de carne e, crescendo, abriu sua nova sede há alguns anos. Diante do sucesso alcançado, seu proprietário arriscou-se ao tentar sua transferência para um novo ponto, bem maior, hoje ocupado por uma agência do Banco do Brasil, porém, desistiu da ideia rapidamente. Chegou a investir num site, cujo endereço é mostrado em sua fachada atual. No entanto, o site foi invadido por hackers em pelo menos duas ocasiões diferentes, o que o fez desistir da ideia de adotar o ambiente virtual, recusando a oferta deste reles blogueiro para a recuperação do site.

A Marconi Fast Food chegou a possuir uma equipe numerosa, atendendo por delivery, evitando, porém, alguns itens de grande procura, como batatas fritas.

Altas Horas

Assim como o estabelecimento acima, a Altas Horas iniciou suas atividades num ponto comercial bem acanhado e com uma equipe super enxuta (apenas a família); seus horários de funcionamento estão limitados à folga de seus proprietários, que têm outras atividades durante o dia. Seus diferenciais: o atendimento (o proprietário está sempre à frente), a mini porção de batatas frias (deliciosas) e a maionese caseira que acompanham os lanches.

No que se refere ao uso da tecnologia, a Altas Horas investiu em um cardápio digital, contratando uma empresa que oferece esse recurso com opções padronizadas. Todavia, além da falta de qualidade nas imagens, o cardápio não é muito flexível e, de repente, saiu do ar sem motivo aparente.

Graças ao sucesso que vem conquistando, parte dos lucros vem sendo aplicada em melhorias no ponto comercial e em embalagens mais atraentes e reforçadas.

Nossa sugestão

Apresentamos uma proposta à lanchonete Altas Horas para que substitua o cardápio padrão por um site completo que, com menor custo, poderá coletar informações dos clientes, oferecer a flexibilidade de complementos nos pedidos e garantir o controle total, com segurança, do que deve ser mostrado no site, aproveitando a oportunidade para lançar uma nova identidade visual, marcando uma nova fase de ascensão profissional.

Quanto aos que não têm essa preocupação, é quase certo que acabem no esquecimento.

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