Lá vêm eles. De novo.5 minutos de leitura

0
40

De todo o tempo que vivi como eleitor só me lembro de ter justificado o voto uma vez. Por duas vezes transferi meu título para votar em Santa Isabel (SP), embora estivesse residindo em outros municípios, pois não sou a favor da omissão. Para ser sincero, acho que quem se omite é covarde, tem medo de assumir a responsabilidade de ter errado ou acertado e se dispõe a aceitar qualquer coisa que empurrem por sua goela abaixo. Isso invalida uma eventual queixa futura, caso os escolhidos não ajam de acordo com seu agrado. Quem não vota não tem o direito de reclamar dos que foram eleitos.

Reconheço que votar não é uma tarefa fácil, e mais difícil ainda é votar com consciência, sabendo quem são os candidatos, de onde vêm, o que já fizeram pela cidade, pelo estado ou pelo país. Isso requer pesquisa, acompanhamento, participação, envolvimento, o que é, sim, trabalhoso. A maioria do povo brasileiro não é dada à leitura e tem preguiça de fazer o que é preciso.

Quando uma eleição se aproxima, surgem – não se sabe de onde – os “salvadores”. Eu os chamo de “paraquedistas”. Afinal, a política nos mostra com frequência que é sempre hora de mudar o cenário. Votamos naqueles que acreditamos poderem fazer a diferença, e com o tempo percebemos que são mais do mesmo.

A grande maioria só aparece em ano eleitoral. De repente, começamos a ver suas fotos nas redes sociais e em outras mídias, esbanjando sorrisos fabricados e vomitando promessas vazias. Os perdedores logo desaparecerão por pelo menos três anos, já que não têm e nunca tiveram qualquer compromisso com a política e com o bem estar dos eleitores.

Como têm cara de pau, não têm vergonha de agir dessa maneira.

Troféu cara de pau

Este ano quem conquistou o troféu de maior cara de pau da História foi, sem dúvida, Geraldo Alckmin, por aceitar sua participação como vice de Lula à Presidência da República. Quando o vejo gritando “Lula! Lula!”, imagino a vergonha que sua esposa e filhos devem sentir. Não sei se ele é um tremendo derrotado ou um sonhador que espera a vitória de Lula e um motivo que o impeça de cumprir o mandato, para que ele, Alckmin, assuma o poder.

Movidos pela vaidade e pela ganância

Há políticos que procuraram desempenhar um papel louvável durante seus primeiros mandatos, como vereadores, deputados estaduais ou federais, que, convocados por seus partidos (segundo afirmam), se lançam como candidatos a cargos mais altos – bem mais altos em alguns casos – mesmo sabendo que não têm chance alguma – Uma estratégia dos partidos para garantirem votos para outros candidatos.

O partido NOVO, depois do fiasco de João Amoêdo, é um bom exemplo disso, lançando Vinicius Poit (deputado federal) como candidato ao governo de São Paulo, Ricardo Mellão (deputado estadual), ao Senado Federal, e Luiz Felipe d’Ávila, à Presidência.

Política e concursos públicos

Como os concursos públicos se tornaram mais difíceis graças às questões absurdas que passaram a “filtrar” os candidatos que buscam estabilidade e bons salários, a alternativa mais à mão para chegar ao mesmo objetivo é a política, que não exige conhecimento.

Tiririca é um exemplo típico de político eleito por ser uma figura conhecida devido às suas participações em programas humorísticos. Conseguiu ser reeleito sem jamais ter cumprido seu papel de parlamentar. Ficou rico, como todos os que se lançam na política têm aspiração de ser, apesar de ser totalmente inútil para o Brasil.

Isso mostra como a população é totalmente alheia à realidade.

Os paraquedistas locais

A partir de ontem e até o dia 30 de setembro passaremos a ver rostos totalmente desconhecidos nos pedindo votos para que os levem à posição de deputados estaduais. Quem tiver paciência que os entreviste para sondar o que conhecem do estado e da política. Eu não tenho, e gostaria que não batessem à minha porta, e nem que deixassem “santinhos” espalhados pelas calçadas. Tudo que desejam é o “subsídio” mensal de R$ 25.322,25 mais o décimo-terceiro salário, com estabilidade por quatro anos, fora outros benefícios.

O cara que é lesado consegue viver bem com um quinto desse valor, amealhando – se tiver juízo – cerca de meio milhão de reais ao longo do mandato, fora os “agrados” que vêm de lobbies para que votem a favor do que precisam, conseguindo assim uma pequena fortuna.

Fica a sugestão: não me procurem para conseguir votos, não acho que mereçam. E mais, não preciso mais votar – mas faço questão de ir às urnas – e estou mal humorado.

O que você achou disso?

Clique nas estrelas

Média da classificação 5 / 5. Número de votos: 1

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.

Como você achou esse post útil...

Sigam nossas mídias sociais

Lamentamos que este post não tenha sido útil para você!

Vamos melhorar este post!

Diga-nos, como podemos melhorar este post?