Decepções4 minutos de leitura

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Entre todas as coisas que surgiram nos últimos cinquenta anos, destacam-se os padrões de comportamento classificados por letrinhas com significado específico criadas pela Psicologia, tais como TDHA, TOD, TP e outros que jamais imaginaríamos na minha juventude.

Por exemplo, o Transtorno de Déficit de Atenção (TDA) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), são síndromes que têm como característica principal a desatenção e a dificuldade de concentração e, no caso do TDAH, o Transtorno de Hiperatividade com seus sintomas associados. Segundo a neurociência, TDA é um transtorno neurobiológico de causas genéticas, caracterizado por sintomas como falta de atenção, inquietação e impulsividade. Aparece na infância e pode acompanhar o indivíduo por toda a vida. Ocorre, porém, que são poucas as fontes que consideram as consequências desse distúrbio na vida adulta. E me atrevo a citar algumas características desse quadro em particular:

TDAH

A psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva escreveu um livro sobre TDAH (Mentes Inquietas) no qual afirma que esse transtorno produz um funcionamento mental acelerado, inquieto, capaz de produzir ideias incessantemente. Algumas dessas ideias se apresentam de forma brilhante ou surgem de maneira atrapalhada e não encontram um direcionamento correto.

“Na idade adulta, a hiperatividade, inclusive, costuma ser substituída muitas vezes por sensação de inquietação constante, como se a pessoa estivesse frequentemente ‘com o motor ligado’ ou sentisse dificuldades de relaxar, mesmo com tempo livre. Os adultos costumam relatar ainda sintomas como dificuldade de seguir instruções e direções, problemas de memória e recordação, dificuldade de se concentrar em projetos, incapacidade de organizar seu tempo e suas atividades e não conseguir concluir as tarefas a tempo.”

Posso, apesar de leigo, corroborar o diagnóstico, e acrescento que a necessidade da pessoa com TDAH inclui permanecer por horas diante de qualquer coisa com imagens coloridas em movimento acompanhadas de algum som, como jogos eletrônicos, vídeos em celulares e similares, ocasião em que seus sentidos (visão e audição, principalmente) não são afetados por interferências externas. Elas simplesmente se abstraem de tal forma que não percebem o mundo à sua volta.

TOD

Recentemente, numa reunião familiar, ouvi professoras conversando sobre seus alunos e, pela primeira vez, soube do perfil comportamental infantil denominado TOD.

O transtorno desafiador opositor (TOD) geralmente acontece durante a infância. A criança que tem TOD apresenta comportamentos caracterizados por agressividade, raiva, desobediência, provocação e ressentimento. Pessoas mais velhas, como eu, tendem a dizer que são sintomas decorrentes de má educação ou mimo excessivo, entretanto, a Medicina moderna tem encontrado formas de amenizar essa interpretação e justificar a ranhetice como uma novidade comportamental do século XXI.

A vida nos bate na cara

Não há melhor escola que a vida. Ela nos desperta para a realidade fazendo-nos repetir as lições que ela ensina, ao que damos o nome de decepções. Isso acontece porque projetamos nos outros as nossas próprias características de comportamento, acreditando que somos todos iguais. E não, não somos.

Suponhamos que você seja uma pessoa responsável, que respeita as leis, as normas, as convenções; honesta, confiável, pontual, de palavra; que pratique a empatia e não faça aos outros o que não gostaria que fizessem com você. A possibilidade de você se decepcionar é de 110%, acredite, ainda que seja por ser considerada uma pessoa chata e sem graça. Pelo menos é o que pode acontecer nos dias de hoje.

E saiba que a decepção é o que mais colabora para você envelhecer.

Promessas não serão cumpridas, surgirão traições, maldades, egoísmo, desrespeito, egocentrismo, vaidades, mentiras e outros inúmeros comportamentos que substituíram antigos valores inestimáveis que talvez jamais voltem a ser conhecidos. “É o novo mundo“, afirmam. Há quem diga que isso é o que tem sido chamado de Nova Ordem Mundial, um conceito político criado com o intuito de desorientar as pessoas e torná-las vítimas de si mesmas, e assim não poderem culpar seus governantes.

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