Caro é o que custa mais do que vale5 minutos de leitura

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Ain, que caro…

diz a mulher que desfila com bolsas Louis Vuitton que custam, no mínimo, R$ 11.500,00 e sonha com um carro Bugatti, Ferrari, Koenigsegg, Lamborghini ou Pagani… Mercedez Benz, BMW e Jaguar são marcas para pobres! Qualquer um tem! Mas quando se trata de pagar por um serviço de qualidade, tudo é caro, e então procuram o que houver de mais barato.

Quando iniciei minha carreira na área de Tecnologia da Informação, na época em que era chamada de “Processamento de Dados” e usávamos computadores construídos com válvulas, elaborando programas com as mais variadas linguagens, os salários eram ótimos e não sentíamos a dor do desemprego, pois havia muitas vagas sendo oferecidas pelas empresas que estavam engatinhando na implantação de sistemas computacionais. Meu último salário como empregado de uma indústria equivalia a 33 salários-mínimos, pouco abaixo da atual remuneração de um deputado federal, e nos era possível custear todas as nossas despesas, incluindo escolas particulares para os filhos, dois carros movidos a gasolina, a associação a um clube bacana, viagens com a família todos os anos, boas roupas, etc. Hoje, um coordenador de projetos recebe em média R$ 7.763,00 (5,43 salários-mínimos) e dele são exigidos conhecimentos muito mais complexos.

Isso não significa que os profissionais passaram a valer menos. As empresas querem pagar salários mais baixos porque há mão-de-obra sobrando no mercado e estão mais apertadas com os impostos e com os preços de seus insumos. No entanto, os autônomos não abandonaram seu aperfeiçoamento, enquanto os novos profissionais ainda não têm a experiência deles.

Porém, não podemos nos esquecer de que a carga de impostos pesa sobre os ombros de todos, inclusive dos autônomos, e que seus gastos continuam existindo.

Costumo apresentar mais de uma alternativa para aqueles que me procuram para desenvolver um site, até porque a experiência me mostrou que a maioria não sabe exatamente do que precisa. Imaginam que um site é apenas um conjunto de páginas com conteúdos dispostos harmonicamente, um menu de navegação e, talvez, um formulário eletrônico para envio de mensagens. Assim, como fazem os “garotos que manjam tudo de internet” (na opinião de seus parentes), não se preocupam com o retorno, ou com a segurança, hoje mais ameaçada que nunca.

Um site não é um folheto impresso de apresentação de um produto ou serviço. É dinâmico, precisa ser encontrado com facilidade e reconhecido pelas ferramentas de busca; requer dispositivos de segurança e de coleta de dados, deve obedecer à legislação vigente; o que há nele deve ser facilmente encontrado e confiável. O que não aparece num site é sua parte mais complexa e extensa.

Comparar preços de amadores e profissionais é o mesmo que esperar que os preços de uma McLaren Elva (1,7 milhão de dólares) seja próximo do preço de um Fiat 147. É verdade que ambos os veículos podem nos levar a qualquer lugar, mas o resultado será, sem dúvida, diferente.

Infelizmente, alguns clientes não veem as coisas por esse prisma, priorizam a “economia”, acreditando que o que fazemos “é uma coisinha simples e rápida“. Ora, é só um site.

O que é caro, afinal?

Imagens extraídas da internet

Por outro lado, muitos deles não consideram caros seus gostos pessoais. No que se refere à moda, por exemplo, não se importam de usar roupas com a etiqueta do lado de fora. Fazem propaganda de graça e se veem como a cereja do bolo. Um casaco Fendi Fur usado por mais de R$ 130 mil? Pechincha! Uma bolsa Louis Vuitton por R$ 55 mil? Quase de graça! Um perfume… – ops, fica melhor em francês – un parfum cn 5 com 15 ml pela bagatela de R$ 236.250,00? Ah, vale a pena para mostrar seu poderio financeiro. E que tal um barquinho, nada ostensivo demais, um de apenas 80 pés? O preço varia entre 50 e 100 mil reais.

Na verdade, as pessoas que têm dinheiro, com raras exceções, não medem despesas de ostentação para parecerem mais ricas do que realmente são. Às vezes são impedidas de fazê-lo, são levadas a comprar um relógio Patek Philippe de R$ 420 mil ao invés de um Rolex Cosmograph Daytona de R$ 600 mil e usam a diferença para comprar um carro novo que nem é o top dos tops. Mas se recusam a pagar o serviço do profissional que conserta geladeiras ou o preço de um site bem feito.

A tabela de preços sugeridos pela ABRADI – Associação Brasileira das Agências Digitais – para 2023 só está disponível para associados. Conseguimos a tabela de 2018 e selecionamos o preço sugerido para um site:

Na opinião deste profissional, um site com a especificação acima pelo preço que é sugerido pela ABRADI está totalmente fora da realidade do mercado. Meus preços são compatíveis com o valor daquilo que o cliente adquire.

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