As palavras como armas8 minutos de leitura

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É lamentável que tenhamos permitido a cumplicidade de algumas instituições na condução da política brasileira, transgredindo as leis existentes e usurpando poderes e direitos que a Constituição Federal de 1988 e a vontade do povo não lhes conferiram, o que provocou a danosa separação da população, enfraquecendo-a propositadamente e classificando-a como torcidas de futebol em meio a uma rixa, quase em vias de fato antes mesmo do início do jogo. Assim, ao longo dos últimos anos foi criado o “nós contra eles”, como explicado pelo advogado Renato L. Trevisani em seu artigo no Jornal da Cidade.

Segundo o decálogo atribuído a Lênin, uma das táticas de domínio da esquerda seria a infiltração e controle todos os veículos de comunicação de massa; e a divisão da população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais. Todos os dez “mandamentos do comunismo” vêm sendo praticados de forma insistente e escancarada, especialmente após a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva, em 7 de abril de 2018, e mais ainda depois de sua soltura, em 8 de novembro do ano seguinte.

O controle dos veículos de comunicação, mais especificamente da imprensa, se verificou em decorrência de medidas tomadas por Jair Bolsonaro com o corte da distribuição de verbas milionárias de publicidade àqueles veículos, atingindo em cheio o grupo Globo, que foi obrigado a adequar a contratação de suas estrelas às leis trabalhistas, e até a demitir muitas delas, cancelando seus contratos como pessoas jurídicas, o que, até então, provocava a isenção de muitos impostos que caberiam à emissora pagar.

Em represália, o grupo Globo – o mais forte do país – tornou-se oposição ao governo, omitindo informações positivas e destacando de forma negativa as que podia, com o intuito de causar a rejeição ao Presidente em seus espectadores. Essa revolta foi demonstrada sem nenhum pudor na primeira sabatina do candidato à reeleição, ocasião em que o âncora William Bonner abusou do cinismo e demonstrou que o resultado das eleições já estava garantido quando perguntou se o Presidente o aceitaria com resignação.

A suspeição do processo

Boa parte da imprensa preferiu se fazer de cega e não comentar todas as atitudes e ações suspeitas que marcaram a campanha eleitoral, protagonizadas principalmente pelos presidentes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os ministros Luís Roberto Barroso e  Alexandre de Moraes, o algoz de Jair Bolsonaro, que pisotearam a Constituição atropelando os outros Poderes da República e tomando para si a autoridade plena como se fossem imperadores absolutos do Brasil. É desnecessário reproduzir aqui tudo que foi feito, pois todos sabemos, entretanto, vale a pena mostrar a resposta do primeiro a um homem que lhe perguntou se o código fonte do programa eleitoral seria revelado.

Perdeu, mané, não amola!

Com a frase típica de ladrõezinhos que roubam celulares (“apenas para tomar uma cervejinha“, segundo Lula da Silva), Barroso desrespeitou não somente aquele que, representando pelo menos a metade da população brasileira, lhe fez uma pergunta educada, mas, também a liturgia do cargo que ocupa, demonstrando que só se importa com o que – por razões duvidosas – lhe é conveniente.

A escolha mal-intencionada das palavras

Em matéria do último dia 15 de novembro (Equipe da Jovem Pan é hostilizada por bolsonaristas e sai de protesto escoltada pelo Exército), o Estadão publicou que “militantes bolsonaristas” num protesto de “viés antidemocrático” expulsaram o repórter que noticiava que havia um “chamamento para que haja uma intervenção militar“, o que foi imediatamente contestado pelos que o cercavam. O artigo indica também que os “militantes” se pronunciaram em defesa da Jovem Pan quando a emissora foi punida pela Justiça Eleitoral e “alegou estar sob censura“.

No vácuo do ocorrido, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) acusou a Jovem Pan de plantar ódio e alimentar o fascismo e disse que “ações de golpistas devem ser repudiadas e criminalizadas“.

Percebe-se até mesmo neste pequeno trecho o proposital uso de palavras que não correspondem à realidade. Senão, vejamos:

  • Não são militantes bolsonaristas que estão se manifestando. A revolta não é em defesa do Presidente, mas, um protesto contra a falta de transparência no processo eleitoral e repúdio às ações de Alexandre de Moraes que favoreceram, sempre, o candidato Lula da Silva e prejudicaram, sem sombra de dúvidas, seu oponente, não sendo, portanto, justas e isonômicas como deveriam ser. Aquelas pessoas são, possivelmente, antipetistas, pois conhecem os esquemas daquele partido e não concordam em permitir que se repitam com a volta de vários envolvidos nos inúmeros escândalos que resultaram no desastre econômico provocado ao Brasil em governos anteriores. Ademais, consideram ilegítima a candidatura daquele que foi condenado em três instâncias (portanto, ficha-suja) e teve sua soltura garantida pela decisão de um ministro que em diversas ocasiões se mostrou defensor da causa comunista, agindo inclusive como cabo eleitoral de Dilma Rousseff.
  • Não se pode classificar como viés antidemocrático um direito que é assegurado pela Constituição Federal de 1988 em diversos artigos que falam sobre liberdade de expressão e de manifestação, considerando principalmente o que diz o parágrafo único do Art. 1º da Constituição Federal de 1988: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” De modo que, o que se traduz, é de que NÃO existe outro poder, pois este é uno, indivisível e indelegável, e pertence exclusivamente ao povo.
  • Os manifestantes não estão reivindicando uma intervenção militar, até porque sabem que as Forças Armadas só interferirão se for necessário defender a Pátria,  garantir os poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, a lei e a ordem.
  • A Jovem Pan alegou estar sob censura porque era exatamente o que estava acontecendo. Foi proibida de mencionar o passado de Lula, suas condenações, sua prisão e o “truque” do ministro Edson Fachin para tirá-lo da prisão. Mas poderia, se quisesse, dizer tudo que ajudasse a destruir a imagem do Presidente Bolsonaro, inclusive chamá-lo de genocida, como fazem outras emissoras e seus opositores, desconsiderando os fatos noticiados à época do início da pandemia.
  • Ao contrário do que diz o deputado Ivan Valente, as manifestações não se caracterizam como ações golpistas, visto que os manifestantes não têm poder para viabilizá-las como um golpe, e por isso apelam para as Forças Armadas, por respeitá-las como idôneas e imparciais e estarem frustrados com o que, em sua percepção, foi um verdadeiro golpe orquestrado de toda a esquerda e de seus simpatizantes ou favorecidos, e consideram um risco para o país e para si próprios o retorno do PT ao poder, proporcionando àquele partido a oportunidade de realizar todas as promessas que vêm sendo repetidas vezes desde 1980, quando foi criado, além da mais grave, a de se unir a outros países de regime autoritário vizinhos, cuja intenção é formar um bloco socialista em toda a América Latina.

A indignação e o medo de brasileiros honestos e trabalhadores que contribuem para a manutenção das instituições são frutos dos riscos que se mostram agora, de ver destruídas todas as conquistas de um governo que fez ressurgir o amor pela Pátria e aos seus Símbolos mais sagrados, respeitando as leis; de assistir a novos saques ilícitos, ao loteamento de cargos entre incompetentes “amigos do rei”, ao ressurgimento de invasões a propriedades privadas, aos empréstimos a fundo perdido a países socialistas/comunistas que levam seus povos à miséria e se perpetuam no poder, às mentirosas promessas que não serão cumpridas com a volta da turminha de usurpadores da Nação.

É mais do que revolta, é nojo!

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