Desde que alcancei a maioridade, tive conta em vários bancos, alguns deles foram incorporados por instituições mais vorazes que nunca pararam de engordar seus lucros. Pois é, o tempo passa, o tempo voa e a poupança Bamerindus nem existe mais… Mas, de todas as minhas experiências, a pior foi, sem dúvida, a Caixa. E não sou o único a dizer isso. Basta ver a avaliação desse “banco” no site Reclame Aqui, ele ocupa o 14º lugar no ranking das piores empresas nos últimos trinta dias.
Esse resultado considera apenas as reclamações de clientes, pois os funcionários não têm coragem de mostrar sua insatisfação com os péssimos sistemas usados em seu trabalho. São instáveis, complicados, mal explicados e, por isso mesmo, irritantes, o que provoca um enorme estresse, tanto neles quanto em quem depende deles para obter uma informação. Hoje mesmo, quando finalmente consegui ser atendido, esperei por vinte minutos até que a paciente moça me informasse que o sistema estava caindo e ela não poderia registrar minha queixa.
O imbróglio
Há algum tempo, decidi aceitar a insistente oferta de um cartão de crédito, sem anuidade, embora estivesse satisfeito com o que eu já tinha. Usei esse cartão uma única vez porque era necessário, caso contrário, a funcionária não ganharia os pontos pela tarefa cumprida.
Recebi a fatura e a quitei antes do vencimento. Contudo, passei a receber mensalmente uma fatura no valor de R$ 0,36 (trinta e seis centavos!), sem saber do que se tratava. Orientado pela funcionária que me ofereceu o cartão, não efetuei o pagamento, afinal, a emissão da fatura, o tempo do sistema para processá-la e o meu tempo para quitá-la valiam muito mais que a irrisória quantia, e ela, provavelmente, seria desconsiderada.
Fiquei imaginando se aquilo seria um engano ou uma cobrança indevida, mas intencional. A Caixa possui mais de oitenta e sete milhões de clientes. Se cada um deles tivesse que pagar R$ 0,36 por algo que não comprou ou fez, a Caixa faturaria mais de trinta e um milhões e trezentos mil reais. E quem reclamaria por pagar tão pouco? Esse valor poderia ser proporcionalmente calculado sobre as despesas realizadas em períodos anteriores, variando de cliente para cliente.
Vejam as reclamações mais comuns de usuários de determinados serviços que vêm sofrendo em decorrência da má fé de algumas empresas:
Pois bem, a fatura da Caixa indica vencimento para o dia 2 de janeiro de 2022, conforme a imagem abaixo:
Entretanto, hoje (30 de dezembro), recebi nova mensagem de cobrança referente a essa “fortuna”. Por isso entrei em contato com a Caixa. Por que me cobrar antes do vencimento?
Na verdade, tentei agendar o pagamento da fatura para o dia 2 de janeiro, porém, por ser domingo, o sistema do banco adiou-o para o dia 3. Espero que não cobrem juros por atraso…
De certa forma, fico incomodado com a necessidade desta postagem. Admiro o atual presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, por todas as ações que tem realizado, e reconheço que não é fácil acompanhar tudo que acontece em todos os departamentos da instituição. Contudo, os sistemas são precários e representam o “calcanhar de Aquiles” do banco. Parecem ser desenvolvidos por amadores.
Certa vez, ouvi dizer que a empresa responsável pelos sistemas do Bradesco pertence à Caixa. Se isso for verdade, é no mínimo estranho que os sistemas da Caixa sejam tão ruins.
Com os lucros auferidos por esse banco nos últimos semestres, talvez seja o momento certo para promover um novo plano de demissão voluntária com incentivos, a fim de afastar os que já estão cansados de fazer a mesma coisa todos os dias… Fica a dica.
Pagarei os R$ 0,36 que estão cobrando. Se este for o preço para me ver definitivamente livre da Caixa, terei uma grande satisfação. Não farei a mínima diferença para a Caixa, mas isso fará uma enorme diferença na preservação da minha saúde mental e emocional.
