A Terra está perto do fim5 minutos de leitura

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Desde criança ouvi ameaças sobre o fim do mundo, algumas até com data marcada, como a mais recente (2012) que deu origem a um filme de catástrofes, no qual os americanos, como sempre, se salvam. Aquilo era ficção, e as ameaças de outrora não passavam de manchetes sensacionalistas para vender mais jornais. Agora, entretanto, os fatos mostram que o planeta não tem mais muito tempo de vida.

A ciência, hoje, afirma com base na análise das rochas que a Terra existe há cerca 4,54 bilhões de anos, e ao longo deles tivemos diferentes períodos ou eras. E agora a ciência afirma também que o futuro do planeta está ameaçado e pode chegar ao fim dentro de algumas décadas se nada for mudado imediatamente. Essa previsão é feita analisando-se o aquecimento global.

O gráfico ao lado mostra a evolução da temperatura da Terra em diferentes momentos e indica que ela pode (e vai) continuar a aumentar se nenhuma medida for tomada de imediato pelos governantes, alertando-nos para a situação atual, já com 1,2º C acima da média (algumas fontes dizem que já alcançamos 1,5º C). O ano 2100 parece distante, mas esperamos que nossos netos e bisnetos estejam vivos daqui a 76 anos e não desejamos a eles o que se prevê para aquele tempo.

O mais triste de tudo isso é saber que quem está colocando nosso planeta – e tudo que tem vida nele – em risco é o próprio homem.

Referência internacional em estudos sobre aquecimento global, o climatologista Carlos Nobre, em entrevista ao Estadão, se confessou apavorado e declarou que a crise climática explodiu um pouco antes do que os próprios cientistas previam. Tudo indica que 2024 deve bater mais um recorde de temperatura.

As ondas de calor e as secas intensas assolam o planeta. O Brasil arde em chamas – já são mais de 5 mil focos de incêndio em todo o País. Se em maio o Rio Grande do Sul ficou quase inteiro debaixo da água, em setembro São Paulo sufoca sob uma espessa camada de poluição. As pessoas voltaram a usar máscaras como na época da pandemia, pois têm dificuldade de respirar.

Está provado que “entre 95% a 97% os incêndios têm sido causados pelo homem” e que para dar conta disso, a resposta do poder público precisa melhorar: mais brigadistas, mais investigação policial, de forma a desmobilizar o crime organizado, e também tecnologia para detectar os focos. Nobre continua: “A crise explodiu. Temos a maior temperatura que o planeta experimentou em 100 mil anos. Desde que existem civilizações, há dez mil anos, nunca chegamos nesse nível, em que todos os eventos climáticos se tornaram tão intensos e muito mais frequentes. São secas em todo o mundo, tempestades, ressacas e, agora, a explosão desses incêndios“.

Isso se comprova a cada dia. Hoje, por exemplo (11 de setembro), o Corpo de Bombeiros Militar de Sinop atendeu a uma ocorrência de incêndio em vegetação no Bairro Jardim Roma. A equipe de bombeiros chegou ao local e se deparou com um homem que, de acordo com as investigações iniciais, foi responsável pelo início do incêndio.

Ocorrências como essa tem sido registradas com frequência desde o início do segundo semestre do ano.

Sempre, nesta época do ano, enfrentamos o fenômeno da inversão térmica nas cidades muito urbanizadas, que esfriam muito no inverno durante a madrugada e no início da manhã. O ar quente que fica mais acima impede o ar frio de subir, fazendo um bloqueio. A poluição das chaminés, das indústrias, dos ônibus, dos caminhões fica presa nesse bloqueio atmosférico. Isso já traria uma enorme poluição, mesmo que não houvesse queimadas, mas quando somamos a questão meteorológica com um número recorde de queimadas, temos essa situação” – afirmou Nobre.

Há ainda o agravante da cultura do comodismo. Proprietários de áreas vazias, inclusive urbanas, optam por botar fogo no mato para evitar o custo da roçada ou capina.

Segundo o climatologista, “Do ponto de vista climático, não temos previsão de melhora. Se as emissões não forem reduzidas drasticamente, não tem jeito. Agora, considerando que as queimadas no Brasil são criminosas, penso que, antes de mais nada, é um problema de polícia“.

Tradução: Não há planeta B.

É preciso conscientizar a população de que não existe planeta B, temos só este para viver. Por isso qualquer indício de incêndio ou suspeita de crime ambiental deve ser imediatamente comunicado(a) às autoridades competentes (Polícia, Bombeiros, Defesa Civil) para que seja registrado o flagrante e evitadas as consequências danosas a todos.

O aumento da temperatura causa prejuízo à produção de alimentos. As consequências são o aumento acelerado dos preços e a fome, que pode matar em muito pouco tempo.

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