Aumentos compulsórios da Vivo5 minutos de leitura

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A Vivo ataca de novo

Respeito o direito das empresas quando ajustam seus preços em função da desvalorização da moeda e em outros casos em que seja necessário proteger seu faturamento para honrar seus compromissos, especialmente com a folha de pagamento de seus colaboradores. Afinal, isso se faz necessário para que os colaboradores sejam respeitados e reconhecidos pelo trabalho que prestam. Não é a mesma coisa que punir os clientes porque o governo, insaciável, deseja manter seus luxos e mordomias – o que condeno veementemente – ou com o uso de artimanhas para aumentar seus lucros apenas por ganância.

Uma tática comum e deplorável de algumas empresas tem sido o aumento de preços aliado à redução da quantidade de produtos na mesma embalagem. Acompanhei o caso de um desodorante, originalmente com 100ml, depois com 75ml e agora com apenas 50ml e com preços que vêm aumentando. Cartuchos de tinta para impressora também fizeram isso.

Para mim, o nome dessa prática é crime contra a economia popular.

A Vivo é mais “cautelosa”, aumenta o limite de internet e o valor da conta sem consultar o cliente, como regra, com cláusula em contrato, daquelas com letrinhas minúsculas, e alega que o plano escolhido “não existe mais”.

Estudo de caso

Há alguns anos, contratei o Plano Controle por não precisar mais do que ele oferecia, e pagava pouco mais de R$ 30,00, contando com 5GB de internet, pois uso wi-fi na maior parte do tempo e não preciso de limites mais altos. A Vivo aumentou para 7GB, e agora para 9GB, sem que eu precise e sem que eu tenha sido consultado sobre meu interesse em ter essa “vantagem”.

Figura 1

Ocorre que, como mostra a imagem acima, foi anunciado pela própria Vivo que as facilidades seriam alteradas a partir de 17 de setembro de 2024. Estamos em agosto e minha conta já sofreu um aumento de mais de 12% porque me concederam mais 2GB de internet. E sem direito à contestação porque o plano que contratei “não existe mais”, segundo a Vivo.

Além disso, o plano oferece vários aplicativos que são, para mim, totalmente desinteressantes.

Se você ainda não é cliente Vivo, entretanto, a empresa oferece os seguintes preços (em 14 de agosto de 2024):

Chamam isso de “estratégia de marketing”, ou seja, um chamariz para atrair novos clientes, em detrimento dos mais antigos e fiéis. Mais do que o dobro do limite de internet que me ofereceram, por um valor menor do que o que me foi cobrado. Os novos clientes ganham 5GB de bônus se migrarem de outra operadora, o que é, também, uma tática deplorável, na minha opinião.

Sem saída

Consegui, através do sistema de atendimento, reduzir o limite de internet para 5GB, para pagar apenas R$40,00, pelo menos por algum tempo. Porém, isso não vale para a conta em aberto, embora eu não tenha usado quase nada. Mais absurdas são as informações que são mostradas no site da Vivo sobre meu plano.

Consta ali que meu plano prevê o consumo de 5GB IV, que talvez represente os 9GB de forma incompreensível para o usuário. Ao mesmo tempo informa que consumi apenas 0,15GB, até a data de hoje, de um total de 17GB!!! Isto é, as informações são confusas, e o pior de tudo é que a Vivo aplica os aumentos sem sequer avisar os usuários com antecedência, dando-nos a oportunidade de cancelar o plano ou contestar o aumento antes do prejuízo.

A proteção dada à empresa

Tentei reclamar através do site. A atendente – que me atendeu com má vontade – concordou em mudar meu plano para um similar com limite menor de internet: 5GB. Mas alegou que seria impossível substituir a fatura cujo vencimento se daria em uma semana e que o pagamento deveria ser feito. Em relação ao plano que vigora a partir desta data, terei que pagar 62,5% a mais sem ter usado o que o plano oferece.

Decidi, então, registrar uma queixa na Anatel, todavia, é exigido que antes eu tenha reclamado à operadora e, na falta de resposta satisfatória, à ouvidoria, apresentando o número dos protocolos e todos os detalhes.

Resumindo: há um certo conluio para dificultar ao máximo o usuário/cliente.

Conclusão

Ao assinar qualquer contrato, seja físico ou virtual, é importante lê-lo por inteiro, principalmente as letrinhas miúdas que são quase imperceptíveis, e questionar, antes da assinatura, o que lhe parecer inconveniente, suspeito, perigoso, ou flexível em favor da outra parte. Você sempre será um alvo para as empresas.

Em vista disso, já estou providenciando a portabilidade do meu número de celular para outra operadora.

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