O que é “caro”, afinal?3 minutos de leitura

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A palavra “caro” pode ser empregada em várias situações, como quando você escreve um bilhete ou carta a quem você ama – “caro amigo”, por exemplo. Neste caso, caro tem o significado de querido, bem-amado, bem-visto, ou seja, o sentido é positivo. Já com relação a preços, caro é o que tem preço elevado, que ultrapassa o valor real de um item; o sentido é negativo.

Quando de trata da prestação de um serviço, os preços são relativos, os conceitos de caro e barato variam conforme uma série de fatores. Dependendo da necessidade do contratante, o que seria classificado como caro pode se transformar em algo razoável. Se a única geladeira da casa para de funcionar, o gás do fogão acaba, a fechadura da porta de entrada quebra, o carro pifa numa estrada desconhecida, o preço a ser pago pelo reparo não é considerado alto, pois o problema a ser sanado pode gerar um prejuízo mais alto que o preço.

Quando as pessoas desejam muito alguma coisa, o conceito de caro é esquecido. Um smartphone não vale o preço que lhe é dado, uma bolsa de griffe também não, nem tampouco um vestido feito por um estilista famoso. No entanto, quem os deseja paga o preço de sua satisfação. Os preços trazem embutido um valor intrínseco que pode ser determinado pelos materiais empregados, de melhor qualidade e maior durabilidade, pelo investimento feito pelo autor em sua formação profissional, entre outras coisas.

O barato sai caro. E o que é de graça pode ser mais caro.

Em todos os segmentos há proficionais e Profissionais. Deu pra entender? Procurar o mais barato pode ser um desastre.

Conversando sobre este assunto com um prestador de serviços, comentei que estava tendo dificuldade para receber o que um cliente me devia. Não devia ser assim, o valor devido era irrisório se comparado ao gasto que ele tem cada vez que enche o tanque de seu barco, e muito menor que o IPVA do carro que ele tem, sem falar das roupas e acessórios que a esposa dele usa em seu dia-a-dia. O sujeito, então, respondeu: “há pessoas que ligam para as migalhas, mas não ligam para o pão”. Acredito que ele tenha tirado isso de uma passagem da Bíblia e adaptado para aquela ocasião, mas entendi o que ele quis dizer.

Entendo perfeitamente a limitação de quem não tem como pagar por alguma coisa que lhe seja necessária ou até imprescindível. Passei por isso muitas vezes e conheço a frustração. Porém, há casos em que a “economia porca” não compensa. Melhor não ter. Mas quando a pessoa pode pagar e regateia, aceitando o que é ruim, significa que o bem ou o serviço não tem, para ela, o devido valor.

A frustração um dia virá, sem dúvida. E será ainda maior, pois poderá vir acompanhada da vergonha.

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