A rede social de Donald Trump3 minutos de leitura

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Depois de ser banido do Twitter, do Facebook e do YouTube por causa de suas publicações (ou melhor, devido à pressão de seus opositores progressistas), o ex-presidente americano e milionário Donald Trump prometeu que criaria uma ferramenta semelhante, garantindo a todos o direito de postar o que quisessem. Prometeu e cumpriu. Em setembro de 2021, o criador da Gettr (ex-assessor de Trump) Jason Miller veio ao Brasil para propagandear sua plataforma sem imaginar que seria “detido” para prestar declarações à Polícia Federal “no âmbito dos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos“. Essa última frase nos dá indícios de quem deu a ordem: aquele cujo nome não ousamos pronunciar e que não é Voldemort.

Jason Miller, o ex-porta-voz de Donald Trump e CEO da rede social GETTR, deu uma entrevista na quarta-feira (8) ao programa War Room de Steve Bannon, também ex-assessor de Trump, sobre o interrogatório a que foi submetido pela Polícia Federal, no aeroporto de Brasília, em 7 de setembro.

A Bannon ele disse que temeu ser mandando a uma “Guantánamo brasileira”, afirmou que o STF é uma “mistura de Departamento de Justiça com FBI e tudo o mais” e chamou os agentes da Polícia Federal que atuam nos inquéritos do STF de “gestapo”, a polícia secreta da Alemanha Nazista.

Mariana Sanches
Da BBC News Brasil, em Washington
08/09/2021 – Atualizada em 08/09/2021

O incidente deu o que falar, e os comentários se reproduziram mais amplamente que a notícia sobre a nova plataforma, até porque o ocorrido foi no mesmo 7 de setembro, quando houve aquela manifestação na Avenida Paulista, levando Bolsonaro a disparar em seu discurso que aquele cujo nome não ousamos pronunciar “interceptou um cidadão americano para ser inquirido”, considerando o ato como abuso descabido de autoridade.

Este, entretanto, não é o assunto deste post. Se quiser mais detalhes sobre o imbróglio, leia a matéria do UOL.

Voltando ao GETTR (abreviatura de Getting Together – “ficando juntos, em Português), seu lançamento ocorreu em 4 de julho de 2021, dia em que se comemora o aniversário da Independência dos Estados Unidos. Sua interface é bem similar a do Twitter e permite, inclusive, a importação do conteúdo dessa plataforma. O GETTR permite postagens de até 777 caracteres, transmissões ao vivo e vídeos de até 3 minutos.

Embora o aplicativo pareça ser em Inglês no Play Store, está totalmente traduzido e é extremamente fácil de usar. E apesar de permitir que qualquer usuário exponha suas ideias e pensamentos, há uma forte participação de pessoas simpáticas ao conservadorismo, inclusive o jornalista Alan dos Santos (foto ao lado), do Terça Livre, aquele que um certo ministro pediu, sem sucesso, para os Estados Unidos extraditarem para o Brasil.

Pessoalmente, acho que a criação de novas plataformas sociais acabam desinteressando o público acostumado às mais procuradas. Muitas pessoas precisam ficar antenadas em todas elas para coletar informações diversas e confirmar a veracidade de algumas para gerar novos conteúdos em seus canais. Por outro lado, em vista do episódio que envolveu Jason Miller e da clara perseguição que o Instagram vem sofrendo para barrar o fortalecimento da direita, alternativas independentes e isentas são sempre bem-vindas.

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