Os iluminados3 minutos de leitura

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A internet nos trouxe muitos benefícios, especialmente porque nos dá acesso a diversas fontes riquíssimas de informação, permite que nos comuniquemos em tempo real, por áudio e vídeo, com pessoas distantes e que visitemos virtualmente lugares de todo o planeta que seriam inacessíveis a muitos de nós, além de nos proporcionar entretenimento. Para alguns, é fonte de renda; para outros, é ferramenta de trabalho, e, para outros mais pode ser uma arma. Essa tecnologia nem sempre é usada para o bem e, dependendo de como a utilizamos, pode até ser nociva para a saúde mental.

As redes sociais e os sites de armazenamento de vídeos, praticamente sem custo algum, deram espaço para quem nunca havia conseguido atenção, transformando desconhecidos em “influenciadores” e destruindo carreiras, como a de jornalista. Muitos veículos, antes respeitados, passaram a dar mais valor a aventureiros que buscavam apenas reconhecimento, desvalorizando profissionais capacitados ao ponto de levá-los ao desemprego ou ao ridículo, por buscarem se igualar aos novos “concorrentes”.

Motivados pelo sucesso desses ousados seres que sem qualquer preparo ou conteúdo de valor conquistam milhares, e até milhões de seguidores, surgem com frequência novos absurdos a cada dia. São os que se julgam ILUMINADOS.

Os iluminados se consideram seres superiores, privilegiados, com direito a dar palpite em tudo como se fossem os donos da razão; se metem onde não foram chamados, criticam tudo que não é dito ou feito por eles, se dizem altamente capacitados para discutir assuntos que estão fora de seu alcance e não perdem a oportunidade de aparecer mais que todo mundo. Não declinam de convites para reuniões. Afinal, se é de graça e há quem lhes dê atenção, por que não? O importante é fazer barulho, ser notado, não importa como.

Esse grupo de “iluminados” tem de tudo: pseudo-humoristas, garotas que exibem seus corpos curvilíneos em trajes menores como se estivessem fazendo propaganda de lingeries, gente querendo se projetar como expoente das artes, lacradores…

Ah, os lacradores… Esses são hors-concours, acham que sabem mais que os cientistas. Mais do que todos eles, inclusive cientistas políticos. Parecem que são portadores de todas as soluções que o mundo precisa.

A melhor atitude para lidar com um iluminado lacrador é ignorá-lo. O enfrentamento é desgastante, ele (ou ela) jamais abrirá mão do sentimento de absoluto conhecimento de tudo que já foi criado pelos homens e por Deus. Tudo que ele (ou ela) faz é, em sua própria opinião, perfeito, maravilhoso, divino, único.

Curiosamente, os iluminados compartilham o mesmo idealismo político. Observe, chega a ser engraçado! São ranzinzas, inconformados, avessos a debates, agressivos, se sentem vítimas, perseguidos.

Aí chega um deles e me pergunta: “— Mas você não está fazendo a mesma coisa? Não está falando mal dos que você chama de iluminados?”

Não estou falando nada de alguém específico, me refiro a um grupo que possui essas características. Gostaria que fosse diferente, que abrissem suas cabeças para outras opiniões e soubessem conversar, mas não sabem. Ou simplesmente não querem. A verdade deles – para eles – é suprema, irrepreensível.

Esses novos “gênios” são comumente encontrados no Instagram, Facebook, Twitter, You Tube e, é claro, no Tik Tok, a nova onda. Mas é no Facebook que eles mais abusam do direito de serem mais ridículos, principalmente em grupos fechados, já que acreditam que ali têm plateia garantida.

Você teria coragem de identificar um “iluminado”?

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